sábado, 19 de julho de 2014

O tempo não para

                                                                               


Esses dias eu estava fazendo uma reflexão sobre o passar do tempo. Você já parou para pensar na imensidão de coisas que adquirimos, conquistamos e aprendemos à medida que vamos percorrendo a estrada da vida?

A primeira mudança é na idade. A cada ano, ela se altera, ficamos mais experientes, prefiro ver por este lado, e com essa alteração aparecem outras pequenas e importantes mudanças. Crescemos pra cima e pros lados, mudamos o corte de cabelo, mudamos o estilo musical, conhecemos novas pessoas, frequentamos lugares diferentes, aprendemos a falar outras línguas, gastamos mais dinheiro e assim, vamos descobrindo o mundo.

Aliás, passamos a olhar o mundo com novos olhos. Eis a segunda mudança. Com o tempo, o mundo passa a ser reconhecido pela sua diversidade de culturas, pois saímos da escola e vamos para a universidade. Este é um ambiente de encontros e desencontros de gerações, de técnicas e teorias, um lugar mágico e ao mesmo tempo assustador, pois a gente se depara com muitas novidades. Por outro lado, você compartilha sonhos e projetos. Descobre verdadeiros amigos e passa a conviver com mestres que serão teus conselheiros na vida profissional.

A saída do ambiente acadêmico nos enche de esperanças para o futuro profissional. E assim começa a batalha por um lugar no mercado de trabalho. Somos movidos pela vontade de mostrar o que aprendemos, mas também pela insegurança. Aos poucos ganhamos oportunidades, vamos desenvolvendo projetos e atuando na vida profissional.

Cada ideia desenvolvida nos dá a certeza de que escolhemos a profissão certa. Aquela insegurança inicial se transforma em vontade de realização e assim, vamos criando estratégias para realizar cada tarefa a ser executada de forma eficiente..

Porém, no meio dessa trajetória, muitas vezes deixamos de lado outros aspectos da vida. O profissional acaba assumindo a prioridade e vamos esquecendo da diversão, dos relacionamentos, da família...pois o desejo de ser destaque na carreira nos impulsiona a sempre mais trabalhar e trabalhar.

E de repente uma decepção chega para atrapalhar o percurso, ou melhor, ela chega para nos mostrar que o trabalho não é tudo, é apenas um complemento, uma parte bem importante, talvez essencial. E a gente vai descobrindo, aliás, redescobrindo a vida. Aquela amiga que espera apenas uma ligação, o parente que aguarda uma visita, o homem interessante que você está de olho e que aguarda apenas um sinal para tomar uma iniciativa...E aí você acorda e analisa o que é essencial.

Com o tempo você se decepciona, “percebe que os caminhos se perdem, que o relógio atrasa, a bateria acaba, a vida cansa, as pernas hesitam, os pés tropeçam, as mãos tremelicam, a cabeça roda, a conversa acaba, a saudade diminui, o coração se acinzenta, as expectativas despencam do alto e a alma chora baixinho” (trecho extraído da Revista Bula).

Daí, você entende que precisa ter calma, “deixar que a alma tenha a mesma idade que o céu, como na canção” de Paulinho Moska. Respira fundo e percebe que é preciso tentar de novo, acreditar de novo, e assim vai dando prioridade a quem merece, vai percebendo que o caminho está à espera, e você só deve colocar o pé na estrada, um sonho na alma, fé no coração e esperança na mochila. Eis que a vida se enche de novidades, mas é preciso se aventurar na viagem que conduz à verdadeira liberdade.



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