quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tirando a poeira do fantástico mundo




Demorei, mas retornei. Não trago histórias de vida, aliás, falar da felicidade torna a história ainda mais interessante, mas resolvi resgatar alguns textos que eu guardei na gaveta. Talvez assim, eu consiga voltar a contar histórias...porque quem vive, sempre tem histórias para revelar...


 Feliz ou satisfeito?

Você sabe a diferença entre felicidade e satisfação? Esta pergunta ficou martelando na minha cabeça desde que li uma matéria da jornalista Amanda de Almeida, do blog Salada Corporativa (http://www.saladacorporativa.com.br/), aliás, eu recomendo, é tão gostoso quanto as saladas de frutas. A jornalista apresenta algumas ideias tão inovadoras, mas bem pertinentes que achei super interessante e decidi refletir.

Quantos de nós já não condicionou a felicidade? Lembrou algum momento? Nós mulheres, quantas vezes não olhamos para o espelho e pensamos “se eu emagrecer 5 quilos serei mais feliz”. Por outro lado, os homens, quantas vezes não pensaram em comprar o carro dos sonhos para ser feliz? Mas você emagrece, compra o carro e a realidade torna-se a mesma e o seu modo de vivê-la também.

Entendeu como funciona? Aliás, a matemática não é tão simples assim. Você acaba transferindo a sua ‘provável’ felicidade a outras coisas - uma roupa da vitrine, aquele aumento de salário, um novo corte de cabelo, um cara que você conheceu através dos amigos e por aí vai. Assim também acontece com os concurseiros, estudantes e profissionais que dedicam horas do dia em busca da tão sonhada carreira pública, pois somente como servidores públicos serão felizes. E assim, a felicidade vai sendo condicionada ao possuir algo, alguma coisa que você irá conquistar no futuro, como nos contos de fadas “e viveram felizes para sempre”.

Esse modo de pensar coloca a felicidade como uma finalidade, que nos faz enxergar a felicidade como algo que a gente encontra no futuro e não no presente. O agora está ali, diante de você, ou melhor, está com você, esperando uma oportunidade de ser bem vivido, ele está na pessoa que passa ao teu lado e muitas vezes só precisa de um sorriso; está no relatório que precisa ser finalizado; na pressão do chefe ou no conteúdo para o próximo concurso. Está na avenida que espera para uma caminhada, está na música do final de tarde que espera ser ouvida, está no celular a sua frente esperando que você ligue para aquele amigo que sente muito a sua falta.

Para Amanda estar satisfeito é tão bom quanto estar feliz, “pois você tira o peso da obrigatoriedade de ser feliz e consegue se satisfazer com o seu dia a dia, com o presente, com suas pequenas conquistas”, ou seja, consegue ter mais alegria com o conhecimento adquirido na preparação para um concurso, mesmo se não foi aprovado. Consegue ter mais alegria quando encontra um assento livre no ônibus, quando consegue um tempo livre para visitar um amigo, quando consegue uma nova receita de bolo, quando consegue mais um espaço no guarda-roupa.

Vale a pena não vale? Então, deixemos de lado os condicionamentos e mergulhemos no momento presente, no aqui e no agora que está esperando para ser vivido. Como dizia Gandhi “a realização não é obtida com o objetivo material algum, mas sim com o orgulho do trabalho bem feito, demonstrando, com isso, o desinteresse que sentia pelas coisas materiais que, definitivamente, não trazem felicidade”. Então, vamos tentar? Eu comecei desde que eu li a matéria e você?

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