Demorei, mas retornei. Não trago histórias de vida, aliás, falar da felicidade torna a história ainda mais interessante, mas resolvi resgatar alguns textos que eu guardei na gaveta. Talvez assim, eu consiga voltar a contar histórias...porque quem vive, sempre tem histórias para revelar...
Feliz ou satisfeito?
Você sabe a diferença entre felicidade e satisfação? Esta
pergunta ficou martelando na minha cabeça desde que li uma matéria da
jornalista Amanda de Almeida, do blog Salada Corporativa (http://www.saladacorporativa.com.br/), aliás, eu recomendo,
é tão gostoso quanto as saladas de frutas. A jornalista apresenta algumas
ideias tão inovadoras, mas bem pertinentes que achei super interessante e
decidi refletir.
Quantos de nós já não condicionou a felicidade? Lembrou algum
momento? Nós mulheres, quantas vezes não olhamos para o espelho e pensamos “se
eu emagrecer 5 quilos serei mais feliz”. Por outro lado, os homens, quantas
vezes não pensaram em comprar o carro dos sonhos para ser feliz? Mas você
emagrece, compra o carro e a realidade torna-se a mesma e o seu modo de vivê-la
também.
Entendeu como funciona? Aliás, a matemática não é tão
simples assim. Você acaba transferindo a sua ‘provável’ felicidade a outras
coisas - uma roupa da vitrine, aquele aumento de salário, um novo corte de
cabelo, um cara que você conheceu através dos amigos e por aí vai. Assim também
acontece com os concurseiros, estudantes e profissionais que dedicam horas do
dia em busca da tão sonhada carreira pública, pois somente como servidores
públicos serão felizes. E assim, a felicidade vai sendo condicionada ao possuir
algo, alguma coisa que você irá conquistar no futuro, como nos contos de fadas
“e viveram felizes para sempre”.
Esse modo de pensar coloca a felicidade como uma finalidade,
que nos faz enxergar a felicidade como algo que a gente encontra no futuro e
não no presente. O agora está ali, diante de você, ou melhor, está com você,
esperando uma oportunidade de ser bem vivido, ele está na pessoa que passa ao
teu lado e muitas vezes só precisa de um sorriso; está no relatório que precisa
ser finalizado; na pressão do chefe ou no conteúdo para o próximo concurso.
Está na avenida que espera para uma caminhada, está na música do final de tarde
que espera ser ouvida, está no celular a sua frente esperando que você ligue
para aquele amigo que sente muito a sua falta.
Para Amanda estar satisfeito é tão bom quanto estar feliz,
“pois você tira o peso da obrigatoriedade de ser feliz e consegue se satisfazer
com o seu dia a dia, com o presente, com suas pequenas conquistas”, ou seja,
consegue ter mais alegria com o conhecimento adquirido na preparação para um
concurso, mesmo se não foi aprovado. Consegue ter mais alegria quando encontra
um assento livre no ônibus, quando consegue um tempo livre para visitar um
amigo, quando consegue uma nova receita de bolo, quando consegue mais um espaço
no guarda-roupa.
Vale a pena não vale? Então, deixemos de lado os
condicionamentos e mergulhemos no momento presente, no aqui e no agora que está
esperando para ser vivido. Como dizia Gandhi “a realização não é obtida com o objetivo
material algum, mas sim com o orgulho do trabalho bem feito, demonstrando, com
isso, o desinteresse que sentia pelas coisas materiais que, definitivamente,
não trazem felicidade”. Então, vamos tentar? Eu comecei desde que eu li a
matéria e você?
Nenhum comentário:
Postar um comentário