quinta-feira, 31 de março de 2016

Como um balão




Eu tenho sempre o dia da sessão de filme em casa. Aquele dia para descansar a mente e mergulhar em histórias diferentes das histórias do meu dia a dia.

E numa dessas sessões me deparei com “Paz, Amor e muito mais”, um filme do diretor Brusce Beresford.

A trama se passa em uma cidadezinha do interior dos Estados Unidos, na qual uma advogada recém divorciada de Nova York decide levar os dois filhos para passar o fim de semana com a avó, uma engraçada hippie.

O que era para ser apenas um fim de semana comum, acaba revelando histórias e dramas de uma família que vive uma série de situações engraçadas e surpreendentes sobre o amor e a amizade.

Não vou aqui contar a minha impressão do filme, mas adorei o enredo e recomendo. Porém, fiquei refletindo sobre um objeto que apareceu em uma das cenas e que me trouxe muitas impressões.

Colorido, com cesta e proporciona uma viagem leve e flutuante pelos céus – estou falando do balão. Seco ele é apenas um pedaço de borracha ou de tecido. Sem vida e sem história. Empacotado, esperando para ser exposto num dia de festa. Ou até mesmo esperando o melhor vento, o clima ideal.

Para sair do chão, o balão precisa de ar, de força para enchê-lo e muita concentração. Assim também acontece com a nossa vida. Em diversos momentos nos sentimos como um balão vazio. Sem rumo, sozinho, sem destino.

E de repente, o vento sopra, a vela se acende, a força renasce e o balão se enche de ar. Porém, para voar, é preciso soltar a corda que o prende ao chão. Deixar de lado o que nos prende, o que nos impede de levantar voo. É preciso se desprender.

Se desvincular do que foi embora, mas vive presente na nossa cabeça. Deixar de lado o que não foi bom, o que angustia, o que faz sofrer.

E somente assim, estaremos prontos para voar e enfeitar a nossa vida com brilho e cor.


Nenhum comentário:

Postar um comentário