Eu tenho sempre o dia da sessão de filme em casa. Aquele dia
para descansar a mente e mergulhar em histórias diferentes das histórias do meu
dia a dia.
E numa dessas sessões me deparei com “Paz, Amor e muito
mais”, um filme do diretor Brusce Beresford.
A trama se passa em uma cidadezinha do interior dos Estados
Unidos, na qual uma advogada recém divorciada de Nova York decide levar os dois
filhos para passar o fim de semana com a avó, uma engraçada hippie.
O que era para ser apenas um fim de semana comum, acaba
revelando histórias e dramas de uma família que vive uma série de situações
engraçadas e surpreendentes sobre o amor e a amizade.
Não vou aqui contar a minha impressão do filme, mas adorei o
enredo e recomendo. Porém, fiquei refletindo sobre um objeto que apareceu em
uma das cenas e que me trouxe muitas impressões.
Colorido, com cesta e proporciona uma viagem leve e
flutuante pelos céus – estou falando do balão. Seco ele é apenas um pedaço de borracha ou de tecido. Sem
vida e sem história. Empacotado, esperando para ser exposto num dia de festa.
Ou até mesmo esperando o melhor vento, o clima ideal.
Para sair do chão, o balão precisa de ar, de força para
enchê-lo e muita concentração. Assim também acontece com a nossa vida. Em diversos momentos
nos sentimos como um balão vazio. Sem rumo, sozinho, sem destino.
E de repente, o vento sopra, a vela se acende, a força
renasce e o balão se enche de ar. Porém, para voar, é preciso soltar a corda
que o prende ao chão. Deixar de lado o que nos prende, o que nos impede de
levantar voo. É preciso se desprender.
Se desvincular do que foi embora, mas vive presente na nossa
cabeça. Deixar de lado o que não foi bom, o que angustia, o que faz sofrer.
E somente assim, estaremos prontos para voar e enfeitar a nossa vida com brilho e cor.