sexta-feira, 1 de abril de 2016

O vento que bate no rosto



O vento batendo no rosto. Tem sensação melhor do que essa?

Quem anda de motocicleta sabe, sente e vivencia isso diariamente. Eu desconhecia esse vento em alta velocidade. Tinha medo de andar em duas rodas, mas aí passei a morar em uma cidade do interior e tudo fez sentido.

As duas rodas que antes me deixavam em pânico começaram a fazer parte do meu cotidiano. O deslocamento mais rápido, mais prático e que ocupa menos espaço. Se minha mãe me escuta falando isso....já era hehehe.

O que me encanta mesmo é a sensação de liberdade. Ahhhh, você olha a cidade de um jeito diferente. Tudo é mais iluminado e mais bonito. Aquele vento que bate no rosto e bagunça o cabelo levando o perfume pro além, além da pele, além do rastro veloz.

A sensação do vento no rosto que me faz viajar por alguns minutos é recompensadora.  Compensa o cansaço depois do trabalho, compensa o corpo dolorido depois da academia, compensa a cabeça confusa pelas preocupações.

Ah, o vento no rosto. Aquele vento que deixa uma sensação de abraço, de afago, de tranquilidade...às vezes acho que parece Deus dizendo “eu estou aqui”.

Aquele vento batendo no rosto me faz voltar à infância, época em que não temos medo de nada e nem de ninguém.

O vento batendo no rosto gela a pele e ilumina o coração, deixa uma sensação mágica de que o mundo é nosso e falta tempo pra curtir a vida.

O vento...que bate..no rosto me diz que ainda vou andar por ruas de lugares desconhecidos e que só preciso ter coragem para arriscar.

Ah, o vento que bate no rosto...